ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

RHI Magnesita recicla cerca de 30 mil toneladas de refratários em 2023

No ano passado, duas novas tecnologias foram implantadas pela multinacional para aumentar a reciclabilidade dos resíduos refratários, com maior redução de emissão de gás carbônico

Fonte: Assessoria RHI Magnesita

Em 2023, a RHI Magnesita coletou aproximadamente 30 mil toneladas de resíduos de refratários no Brasil, destinando-os para reaproveitamento. Essa quantidade representa quase 47 mil toneladas de gás carbônico (CO2) que deixaram de ser emitidos no meio ambiente. Com esse resultado, a empresa atingiu um percentual de 11,3% de sua produção na América do Sul utilizando materiais reciclados, em relação ao consumo total de matérias-primas (Recycling Rate). A empresa também investiu na implantação de duas novas tecnologias para estabilização de resíduos refratários, desenvolvidas pela RHI Magnesita, e fortaleceu a economia circular, que conta com a colaboração de indústrias parceiras no fornecimento dos resíduos para a reciclagem.

De acordo com a Head de Reciclagem da RHI Magnesita para a América do Sul, Fernanda Silveira, a multinacional formulou uma estratégia global que permitiu integrar a reciclagem em todas as etapas da cadeia de valor, desde a obtenção e processamento até o desenvolvimento de produtos e vendas. “Hoje oferecemos aos nossos clientes um portfólio de refratários com pegada de carbono reduzida, o que inclui uso de reciclados, e com o mesmo desempenho que o refratário original. O modelo de negócio de economia circular, que permite coletarmos os resíduos dos desmontes de refratários dos nossos clientes, tem contribuído para uma indústria mais sustentável”, explica.

Os refratários substituídos e captados por meio de uma parceria colaborativa entre RHI Magnesita e clientes passam por etapas de seleção, limpeza, estabilização e britagem. “A multinacional tem investido em tecnologias para retirar as impurezas dos refratários gastos e transformá-los em materiais de maior valor agregado, aprimorando a qualidade dos produtos reciclados”, afirma Fernanda.

A primeira tecnologia, desenvolvida ao longo dos últimos anos pela área de pesquisa e desenvolvimento da empresa, foi implantada de forma pioneira, no Brasil, em 2023. Ela efetivamente desintegra as fases minerais que se formam nos resíduos durante o processo das indústrias siderúrgicas, o que, de outra forma, impactaria a produção de refratários usando materiais reciclados. Essa técnica também captura e trata as emissões do processo para minimizar o impacto ambiental.

Já a segunda tecnologia aborda materiais circulares da indústria cimenteira, especificamente para remover infiltrações. O novo método elimina com sucesso um alto nível dessas contaminações, permitindo a reutilização desses materiais em produtos de alta qualidade sem comprometer o desempenho.

Reconhecimento Sustentável

No ano passado, a RHI Magnesita reconheceu as dez principais indústrias parceiras por meio do "Programa Reconhecimento Sustentável", que forneceram resíduos de refratários para serem reciclados pela empresa. Como parte dessa iniciativa, a multinacional entregou uma "Carta de Reciclagem RHI Magnesita" e uma placa comemorativa para as empresas parceiras. Essa homenagem inédita é parte dos esforços da RHI Magnesita para promover a sustentabilidade e reduzir as emissões de CO2 em toda a cadeia produtiva.

Há mais de uma década, a companhia capta materiais recicláveis do mercado local. Em Minas Gerais, a RHI Magnesita mantém uma unidade dedicada à reciclagem de refratários, no município de Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço. Internamente, a multinacional também atua para dar a melhor destinação aos resíduos gerados nas operações próprias, caso da recuperação dos tijolos refratários dos fornos de Brumado, na Bahia, e da recuperação de coprodutos e resíduos da unidade de Ponte Alta (MG).

 

Deixe seu comentário

Assine a newsletter

e fique por dentro de tudo sobre Metalurgia, Materiais e Mineração.