ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Executivos do setor de metalmecânica se reúnem para discutir Indústria 4.0

Evento foi realizado no Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, em São Paulo

A Industria 4.0 foi o tema principal de um evento promovido pela Sandvik, na sede do Sinafer – Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, em São Paulo. Na noite da última terça-feira (27/11), a empresa reuniu cerca de 20 empresários e representantes de associações baseadas no Brasil para mostrar novas soluções que estão transformando o mercado de bens de capital e a indústria metalmecânica, óleo e gás, automotiva, aeroespacial, entre outras.

O evento “Digitalização na Indústria – soluções que lideram e conectam”, capitaneado pelo presidente da Sandvik Coromant Brasil , Claudio Camach, também recebeu Sean Holt, presidente da companhia para as Américas e Horacio Aragonés Forjaz , gerente de Relações Institucionais da FAPESP.

“A ideia não é fazer uma apresentação sobre indústria 4.0, mas reunir pessoas de destaque que têm o mesmo objetivo: trazer essa usinagem digital para o nosso dia a dia. É a oportunidade de criar um grupo de discussão”, comentou Camacho.  

“O fato é que a maneira como gerenciamos nossas máquinas no chão de fábrica precisa mudar - prossegue Rizzie - mas muitos profissionais, engenheiros e outros, não percebem isso. Muitas vezes pensamos que estamos operando com 70% de eficiência, quando na verdade a média do seu processo fabril é de 40%”. 

Para o jornalista Renato Cruz, especializado em tecnologia e presente no evento, “a indústria 4.0 engloba aspectos de uma empresa por inteiro, é uma mudança cultural, e não só de tecnologia”. Ele mostrou números da consultoria McKinsey que apontam que 50% das atividades performadas por seres humanos hoje podem ser feitas por robôs.

“Vamos ter que aprender a trabalhar com eles - sejam os robôs físicos, máquinas ou softwares inteligentes”. Por outro lado, apenas 5% das profissões podem ser totalmente desempenhadas por máquinas. 

Nesse contexto, cada vez mais é necessário que os engenheiros e outros profissionais ligados a essa indústria desenvolvam as chamadas soft skills - ou seja, habilidades interpessoais - ponto que foi levantado por um dos convidados, o presidente da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI) Mauricio Muramoto. Na prática, para lidarmos com máquinas cada vez mais capazes de aprender e tomar decisões, os profissionais devem agir de maneira mais humana, afinando a sintonia com os outros colaboradores. Mas como chegar nesse cenário aparentemente ideal? 

O gerente de Relações Institucionais da FAPESP Horácio Forjaz traçou um panorama mundial dos planos econômicos que privilegiam a implantação da digitalização industrial e a importância do investimento em P&D como política pública.

“A indústria 4.0 é um plano de origem alemã envolvendo setores público e privado com o objetivo de manter a competitividade da indústria, gerar emprego e preservar qualidade de vida desse país que envelhece. Não é um fenômeno isolado, existem planos equivalentes, como o Made in China, que investe 2,3% do PIB daquele país de maneira coordenada. Já os Estados Unidos têm como objetivo manter a liderança em pesquisa e desenvolvimento. De 2017 para este ano, eles aumentaram em 12% o dispêndio público em pesquisa e desenvolvimento. O Japão, 13%”, enumerou. De acordo com Forjaz, no Brasil a realidade é um pouco distante. “Não conseguimos chegar a 1,7% do PIB em investimentos de P&D, e esse montante vem declinando”. 

Por isso, uma das tônicas da Sandvik Coromant durante o encontro foi também a necessidade de mais agilidade. “Estamos investindo em novas instalações para dar força a essa nossa mensagem digital. Concordo com Jeff quando ele comenta que precisamos pensar grande, mas começar pequeno, e fazer as coisas rapidamente. Mas para o Brasil não é necessário mover-se rápido, mas mover-se agora”, concluiu Sean Holt. 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Sandvik
 

Deixe seu comentário

Assine a newsletter

e fique por dentro de tudo sobre Metalurgia, Materiais e Mineração.