Por: BEATRIZ CORDEIRO DE BONA (unifesspa), Vinícius Lemos Pereira (unifesspa), Isaac Gabriel Peixoto Borges de Oliveira (unifesspa), Vanessa Cordeiro de Bona (ufpa), Ponnyk Melo Torres (Faculdade metropolitana de marabá), Dilson Nazareno Pereira Cardoso (ufpa), Clesianu Rodrigues de Lima (unifesspa)
Resumo:
A deposição da escória de aciaria elétrica (EAE) é um problema ambiental da indústria produtora de aço. Com o intuito de dar finalidade a este resíduo, foi desenvolvido a síntese de geopolímeros através de uma mistura composta de argila caulinítica (MBA), EAE, hidróxido de sódio (NaOH), silicato de sódio alcalino aquoso (SSAA) e água. Primeiramente, a escória e a argila foram selecionadas, moídas, peneiradas e analisadas por meio difração de raios-X, fluorescência de raios-X e granulometria a laser. Com a MBA calcinada, a 600°C por 2 h, adicionando EAE (40 e 30% da mistura sólida), e a mistura líquida (NaOH, SSAA e água), produziu-se dois traços de geopolímeros. Os corpos de prova geopoliméricos produzidos foram curados à temperatura ambiente (28°C) durante 7 e 28 dias. Após a cura, foram caracterizados por meio da análise de resistência à compressão axial, absorção de água por capilaridade, porosidade aparente e densidade. Constatou-se, que o geopolímero com 30% de EAE apresentou melhor resistência à compressão em relação ao de 40%. Após 28 dias de cura o traço de 30% apresentou um aumento da absorção d’água, evidenciando a não conclusão da síntese pela queda na resistência a compressão axial. O EAE apresentou um resultado favorável ao seu uso como precursor na síntese de geopolímeros, para a aplicação na construção civil, reduzindo os possíveis impactos ambientais do deposito deste resíduo.