ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Produção de laminados cresce 2% na América Latina e no Caribe

Consumo permanece estável enquanto a produção de aço bruto aumenta 1% em 2018

Refletindo as melhores condições econômicas globais e regionais, o mercado de aço na América Latina e no Caribe introduzido em 2018, um aumento na produção regional de aço laminado e aço bruto 2% e 1%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2017.

Além disso, as importações apresentaram queda de 7,8%, com efeito no consumo regional, que é atendido por 35% para essas importações. As exportações diminuíram em 2018 o total de 5% para as do mesmo período de 2017. Por outro lado, a balança comercial permanece negativa, diminuindo seu déficit em 9% em relação a jan-nov 2017.

"A produção de aço está crescendo na América Latina, embora o consumo esteja estável. Atualmente, as importações de rolou representam uma parte significativa do consumo na região (35%), que traz com desincentivos para a indústria local, os atritos comerciais e ameaça fontes de emprego ", disse Francisco Leal, Diretor Geral da Alacero.

Produção em ligeiro crescimento

Em 2018, a produção de aço bruto na América Latina atingiu 65 milhões de toneladas (Mt), 1% superior à registrada em 2017 (64,2 Mt). O Brasil é o principal produtor com 53% do total regional (34,7 Mt), aumentando 1% em relação a 2017. Embora o Brasil seja o principal produtor, a Argentina foi o país que apresentou a maior variação de crescimento com acumulado de 12%. ano.

Em dezembro de 2018, o volume produzido de aço bruto registrou 5 Mt, 5% menor que dezembro de 2017 e 5% inferior a novembro de 2018.

No ano passado, a produção de laminados foi de 53,7 Mt, 2% a mais que em 2017. Os principais produtores foram o Brasil, com 23,1 milhões de toneladas (43% do total da América Latina) e México, com 19 milhões de toneladas (35%) . Do total latino-americano em 2018, 49% correspondem a produtos planos (26,1 Mt), 48% a produtos longos (25,9 Mt) e 3% a tubos sem costura (1,7 Mt). Em dezembro de 2018, a produção de laminados fechou em 3,9 Mt, 8% menos que em dezembro de 2017 e 8% abaixo de novembro de 2018.

Consumo estável de aço laminado

Nos onze primeiros meses do ano, o consumo de laminados registrou 61,6 Mt, praticamente inalterado em relação a janeiro-novembro de 2017 (61,6 Mt). Os principais países que aumentaram seu consumo, tanto em termos absolutos e percentuais foram o Brasil (1,4 Mt adicional e crescendo 8%), Argentina (47 mil toneladas adicionais e 1%), Equador (65 mil toneladas e 4%).

Por outro lado, no mesmo período, México, Peru e Venezuela registraram quedas de 4%, 17% e 66%, respectivamente. Em valor absoluto, a maior queda foi registrada no México, que, mesmo com uma queda de 1.035 mil toneladas na categoria plana, continua sendo o país que mais consome aço na região. Atualmente, o México produz menos aço do que consome e ao remover, em 31 de janeiro deste ano, a proteção de 15% das importações de aço originário de países com os quais não há acordo de livre comércio, permaneceu indefeso. Com isso pode entrar milhares de produtos com preços de dumping que a médio e longo prazo vai parar de investimentos e empregos. Esta indústria emprega direta e indiretamente 800 mil trabalhadores.

Do total latino-americano, 57% correspondem a produtos planos (34,9 Mt), 42% a longos (26 Mt) e 1% a tubos sem costura (893 mil toneladas).

* Os dados de consumo são usados com um atraso de dois meses devido à consolidação das informações por cada país

Balança comercial

Em jan-nov 2018, a América Latina importou 21,5 Mt de laminados, 7,8% menor que a importada no mesmo período de 2017 (23,3 Mt). Desse total, 70% correspondem a produtos planos (15,1 Mt), 27,3% a longos (5,9 Mt) e 2,7% a tubos sem costura (589 mil toneladas).

As exportações latino-americanas de laminados alcançaram 9,1 Mt, 5,3% abaixo do registrado em jan-nov 2017 (9,6 Mt). Desse total, 44,4% correspondem a produtos planos (4 Mt), 41,8% a longos (3,8 Mt) e 13,8% a tubos sem costura (1,3 Mt).

Durante jan-nov de 2018, a região registrou um déficit comercial em volume de 12,5 Mt de laminados. Esse desequilíbrio é 9% inferior ao observado em jan-nov de 2017 (-13,8 Mt). O Brasil é o único país que mantém superávit em seu comércio de laminados, 2,3 Mt. Contrariamente, o maior déficit foi registrado no México (-5,9 Mt). Seguiram-se a Colômbia (-2,2 Mt), o Chile (-1,4 Mt) e o Peru (-1,4 Mt).

Mercado em 2018 e início de 2019


O aumento do consumo interno em 2018 impediu maiores danos causados por incertezas comerciais intercontinentais agravadas por US medidas protecionistas, como a subida do dólar ea deterioração das moedas latino-americanas. Além disso, o aumento da taxa de juros dos EUA, juntamente com desacordos comerciais, como a China, aumentam o risco de uma recessão global na cadeia.

Especialmente no México, houve um impacto significativo devido à aplicação de tarifas derivadas da Seção 232 dos EUA. Desse modo, a grande tensão entre as principais economias mundiais enfraqueceu o sistema de exportação, deixando de ser a principal rota de crescimento econômico, provocando tensões comerciais na América Latina e no Caribe.

E, por outro lado, este ano de 2019 começou a preocupar a nossa indústria regional, já que no período junho-novembro de 2018, as exportações da China para o resto do mundo 5% foi contratado em comparação com 2017, no entanto, o caso da América Latina foi muito diferente, já que no mesmo período a região importou um total de 3,9 Mt de aços chineses, 860 mil t mais que em 2017, o que representa um aumento de 28%.

O total das importações chinesas avançou dois pontos percentuais na América Latina, que passa a receber 11% de todo o aço exportado por aquela nação, tornando-se seu principal destino. Nesse sentido, temos que continuar enviando mensagens aos nossos governos para proteger a indústria local, já que, se essa tendência continuar, muito em breve seremos o grande mercado de exportação de aço da China. 

Fonte: Assessoria de Imprensa Alacero

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