ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Ministros acenam com novas oportunidades de negócio para a indústria brasileira do aço

Autoridades citam medidas que irão reduzir custo operacional e elevar potencial competitivo

Os ministros Bento Albuquerque, das Minas e Energia, e Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, afirmaram na noite desta 3ª feira (20), que o governo está criando múltiplas condições para que a indústria do aço e suas cadeias produtivas se beneficiem de novas oportunidades de negócios no Brasil, bem como de condições mais favoráveis de competitividade em relação aos seus concorrentes internacionais.

As autoridades participaram da solenidade de abertura do Congresso Aço Brasil 2019, em Brasília. Estiveram no palco do evento acompanhados pelo presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil e também presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, e pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

Bento Albuquerque citou oportunidades no setor de petróleo e gás para a indústria brasileira do aço. "Haverá muitas oportunidades para que a indústria do aço e demais segmentos das cadeias instaladas possam suprir em grande parte a demanda que está sendo criada com os contratos de concessão, partilha de produção e cessão onerosa já firmados com diversas operadoras de petróleo", disse. Ele informou que apenas os investimentos nos blocos de partilha de produção e das 14ª e 15ª rodadas de concessão serão da ordem de R$ 450 bilhões ao longo da vigência dos contratos.

O titular das Minas e Energia afirmou também que o governo tem adotado medidas voltadas a "destravar gargalos" para assegurar suprimento de energia elétrica e gás natural, com efetiva redução dos custos desses insumos fundamentais para a indústria. Além disso, a retomada do suprimento de minério de ferro, inibido a partir do rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG), está sendo alvo de plena atenção por parte do governo federal.

"Este ambiente positivo certamente contribuirá para a retomada do crescimento da indústria", afirmou.

O ministro Onyx Lorenzoni citou outras ações do governo que vão gerar oportunidades de negócio para a indústria do aço, como o "intenso programa de parcerias público-privadas em várias áreas", como infraestrutura e energia. Ele enfatizou que o governo federal está empenhado em reduzir o valor dos impostos pagos pelo setor produtivo, a partir da tramitação da reforma tributária, a ser encaminhada ao Congresso Nacional. Nesse momento, o ministro foi aplaudido pelos 300 participantes do Congresso Aço Brasil presentes à solenidade.

O presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Sergio Leite de Andrade, enfatizou em seu discurso que a reforma tributária é de "extrema importância para a indústria nacional, que vem tendo sua competitividade frente aos produtos estrangeiros prejudicada, em razão da elevada carga de tributos incidentes sobre a produção e os produtos, o efeito cumulativo e a intrincada e complexa malha de impostos, taxas e contribuições".

Ele reconheceu, em nome do setor, medidas positivas do governo para reduzir a burocracia e os custos para empresas e destravar investimentos, entre elas a medida provisória 881, que institui a declaração de direitos e liberdade econômica.

Aos dois ministros, Sergio Leite apresentou reivindicações setoriais. "Para a revitalização da indústria, solicitamos a adoção de medidas que possam viabilizar maior participação da indústria nacional ao setor de óleo e gás e aos projetos de PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Medidas do governo passado reduziram drasticamente a participação de bens produzidos no Brasil no fornecimento ao setor de óleo e gás em favor das importações, numa espécie de protecionismo às avessas", pontuou.

Sobre o cenário externo, o presidente do Conselho do Aço Brasil lamentou que as perspectivas sejam sombrias para a indústria nacional. Além de medidas de defesa comercial tomadas por "grande parte dos países consumidores" do aço brasileiro, os países da América do Sul estão sendo alvos de ações de "desvios de comércio", por não apresentarem medidas semelhantes de restrições.

"Na América do Sul não há restrições à importação, razão pela qual tem sido alvo de desvios de comércio. Dados da Associação Latino-americana de Aço apontaram que em 2018 as exportações de aço da China para o mundo caíram 5%, mas, especificamente para a América Latina, aumentaram 28%, o que parece atestar a tese do desvio de comércio", afirmou.

Fonte: Assesoria de Imprensa do Instituto Aço Brasil 

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