ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Exportações de sucata ferrosa crescem 2,96% em 2020

Brasil exportou 731 mil toneladas do insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, segundo Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço.

As exportações de sucata ferrosa, insumo usado na composição de aço pelas usinas siderúrgicas, registraram ligeira alta de 2,96% no ano passado, com o total de 731 mil toneladas, em relação a 2019, quando somaram 710 mil toneladas. As exportações em 2020 foram influenciadas pela retração do mercado interno no primeiro semestre, em função da pandemia da Covid-19. Em compensação, em dezembro último, com a exportação de apenas 16 mil toneladas, ante 63 mil no mesmo mês de 2019, a queda foi de 75%, tendência que já vinha sendo verificada desde outubro.

Os números de 2020 refletiram a quase paralisação da economia principalmente de março a junho, auge da pandemia, quando houve poucos negócios entre os catadores de sucata de obsolescência, obtida de eletrodomésticos, carros e outros materiais postos em desuso, e as empresas de processamento de sucata, de acordo com o Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa). O consumo de sucata das siderúrgicas também caiu acentuadamente no período, o que levou as processadoras a buscarem o mercado externo como opção, segundo Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa.

O quadro se alterou a partir do segundo semestre, principalmente nos últimos três meses do ano, quando a economia apresentou sinais de recuperação, com destaque para construção civil que levou a uma maior procura por aço e, consequentemente, pela sucata metálica. 

“Desde o final do ano passado, a demanda por materiais metálicos está acima do que esperávamos, mas os processadores, atentos e cientes da importância de manter o equilíbrio da oferta e demanda, reduziram excessivamente as exportações, e permanecem monitorando o reaquecimento da produção e consumo local, abastecendo plenamente as usinas siderúrgicas”, afirma Alvarenga.

Tradicionalmente, as exportações representam cerca de 5% de toda a produção de sucata metálica no país, enquanto as usinas siderúrgicas adquirem, em anos normais, mais de 90% da oferta. O Inesfa estima em 8 milhões de toneladas o consumo de sucata ferrosa por parte das usinas siderúrgicas em 2020, próximo ao verificado em 2019 e distante do pico de 2013, com 11,171 milhões de toneladas, mas que já reflete melhoria se comparado a delicada situação do primeiro semestre de 2020.

A repentina retomada da demanda por aço no final do ano passado deve permanecer no primeiro trimestre deste ano, na avaliação do Inesfa. “Estamos otimistas com 2021, já que se percebe uma retomada na produção industrial de bens de capital e de consumo, que fazem uso de muito aço, o que leva as usinas siderúrgicas e fundições a necessitar mais sucata”, diz Alvarenga.

Fonte: Ipse Digital (https://ipesi.com.br/)

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