ABM - Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração

Acionistas da Vale elegem conselho de administração para o biênio 2021-23

O novo conselho terá a missão de liderar a empresa em um processo de transformação que foi acelerado após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.

Os acionistas da Vale reunidos de forma virtual em assembleia geral ordinária (AGO) elegeram os integrantes do conselho de administração para o biênio 2021-23, no último dia 5 de maio. O colegiado eleito contará com a presença de oito membros independentes - um a mais do que o mínimo previsto em estatuto. O encontro é um marco fundamental no processo de restruturação societária iniciado em 2017 e que tornou a Vale uma corporação sem controle definido, com base de acionistas diversificada.

Os membros independentes eleitos são: José Luciano Duarte Penido (eleito presidente do conselho), Ollie Oliveira, Marcelo Gasparino, Mauro Cunha, Murilo Passos, Rachel Maia, Roberto Castello Branco e Roger Downey. Os membros não-independentes são Fernando Buso (eleito vice-presidente do Conselho), José Maurício Coelho, Eduardo Rodrigues Filho e Ken Yasuhara. Antes dessa eleição, a Vale tinha apenas três membros independentes em seu conselho. O 13º integrante do conselho é Lúcio Azevedo, eleito pelos empregados.

"Com as escolhas feitas pelos acionistas, o conselho da Vale se torna mais representativo da nossa diversidade acionária, com quatro membros eleitos indicados diretamente por investidores", disse José Luciano Duarte Penido, presidente eleito do colegiado. "Esse novo conselho seguirá firme na tarefa de construir uma Vale melhor: uma empresa mais segura e confiável, comprometida com a reparação integral de Brumadinho, aberta ao diálogo com a sociedade e que cria valor para os acionistas".

O novo conselho terá a missão de liderar a Vale em um processo de transformação que foi acelerado após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. Desde então, a empresa fez mudanças profundas na sua governança, principalmente na gestão de riscos; iniciou um plano para fechar 63 lacunas ESG - das quais 39 já foram encerradas -; assumiu metas concretas para 2030, como a de reduzir suas emissões de carbono de escopo 1 e 2 em 33%; fechou o Acordo Global de Brumadinho; e reformulou seu estatuto para aumentar a representatividade dos acionistas minoritários e a independência da gestão.

Outra inovação importante foi a criação do Comitê de Nomeação, responsável pela indicação de oito dos conselheiros eleitos - quatro foram indicados diretamente pelos acionistas. Integrado por três membros (dos quais dois sem vínculo com a Vale), o comitê realizou um trabalho extenso e profundo, que teve duração de oito meses e incluiu a criação de uma matriz de competências necessárias para a função de conselheiro, além de pesquisas de mercado com empresas brasileiras que são referência em governança e com as principais mineradoras do mundo.

Na AGO do dia 5 de maio, foi a primeira vez que o presidente e o vice-presidente do conselho foram escolhidos pelos próprios acionistas, conforme passou a estabelecer o estatuto da Vale este ano. Até então eles eram eleitos entre os membros do próprio conselho. O novo presidente do colegiado, José Luciano Duarte Penido, tem 27 anos de experiência na governança de empresas, das quais 17 como CEO e dez como presidente de conselhos de administração nos ramos de mineração e celulose. Ele é membro do conselho da Vale desde maio de 2019 e teve atuação relevante na gestão das crises vividas pela empresa.

Durante a assembleia, os acionistas também aprovaram as demonstrações financeiras de 2020, a proposta para a destinação do resultado do exercício de 2020 e a fixação da remuneração dos administradores. Além disso, foram eleitos os integrantes do conselho fiscal. O processo de reestruturação societária da Vale teve início em fevereiro de 2017, quando o bloco de controle da empresa à época anunciou a intenção de torná-la uma companhia sem controle definido. Em outubro daquele ano foram eleitas duas conselheiras independentes e em 2019 foi eleita a terceira independente. Em novembro de 2020 expirou o acordo de acionistas celebrado pelos integrantes do antigo bloco de controle, o que tornou a Vale oficialmente uma empresa de capital disperso. Essa AGO foi a primeira sem um acordo de acionistas vigente.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale 

Deixe seu comentário

Assine a newsletter

e fique por dentro de tudo sobre Metalurgia, Materiais e Mineração.