Brazilian Metallurgy, Materials and Mining Association

Vale registra lucro líquido de US$ 739 milhões no 4º trimestre de 2020

O resultado ficou US$ 2,169 bilhões abaixo do 3º trimestre devido, principalmente, às maiores despesa do acordo de reparação de Brumadinho.

O Ebtida  ajustado proforma da Vale atingiu US$ 9,103 bilhões no 4º trimestre de 2020 (4T20), ficando US$ 2,879 bilhões acima do 3º trimestre de 2020 (3T20), e totalizando US$ 15,327 bilhões no segundo semestre de 2020 e US$ 21,954 bilhões para o ano completo de 2020. 

Com o resultado, a Vale registrou um lucro líquido de US$ 739 milhões no 4T20, ficando US$ 2,169 bilhões abaixo do 3T20, devido, principalmente, às maiores despesas de Brumadinho, seguindo o Acordo Global para reparação de Brumadinho, e encargos com impairments de ativos, principalmente relacionado a ativos de carvão e níquel.

Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo maior Ebitda ajustado proforma registrado no 4T20 e melhores resultados financeiros, seguindo o impacto positivo da menor taxa de câmbio do Real sobre os swaps cambiais e de juros, que foi parcialmente compensado por uma maior marcação a mercado das debêntures participativas.

O total de investimentos para o 4T20 totalizou US$ 1,444 bilhões, ficando US$ 549 milhões maior que o 3T20, explicado por um aumento de US$ 515 milhões em manutenção das operações e US$ 34 milhões em execução de projetos, à medida que a Vale avançava com investimentos em plantas de filtragem, projetos do Sistema Norte 240 e Gelado nos negócios de Minério de Ferro e projetos Salobo III e VBME nos negócios de Metais Básicos.

Em 2020, a Vale aprovou os projetos Serra Sul 120 e Capanema e em 2021 espera investir US$ 5,8 bilhões, um aumento de 31% em comparação a 2020, devido principalmente a (a) maiores gastos com investimentos em plantas de filtragem de rejeitos de minério de ferro; (b) investimentos em projetos de energia solar, como o Sol do Cerrado, que aumentará a participação da energia renovável na matriz da Vale e reduzirá o custo médio de energia; e (c) postergação do programa de investimentos de 2020 devido à pandemia do Covid-19.

A Vale gerou US$ 4,9 bilhões em Fluxo de Caixa Livre das Operações no 4T20, ficando US$ 1,1 bilhão maior que no 3T20 impulsionado por um Ebitda proforma (US$ 2,9 bilhões), mas impactado negativamente por investimentos sazonalmente maiores (US$ 549 milhões) e capital de giro (US$ 1.0 bilhão). O impacto no capital de giro, que resultou principalmente de um aumento nas contas a receber devido a maiores vendas CFR e aumento nos preços do minério de ferro, deve ser parcialmente revertido no 1T21, dado o recebimento das receitas em janeiro.

A Vale encerrou o ano com US$ 14,258 bilhões em caixa, mais do que a sua dívida bruta de US$ 13,360 bilhões, e portanto com uma posição líquida de caixa de US$ 898 milhões no 4T20. A dívida líquida expandida da Vale, que agora é composta principalmente por outras obrigações e compromissos relevantes da Vale, reduziu de 14,465 bilhões no 3T20 para US$ 9 13,334 bilhões, apesar dos US$ 3,740 bilhões em obrigações adicionais relacionadas ao Acordo Global de Brumadinho. Espera-se que a dívida líquida expandida continue com a tendência de queda para os US$ 10 bilhões de meta de longo prazo, uma vez que a companhia continua a gerar caixa e a pagar suas obrigações com Refis, Brumadinho, Renova e Samarco.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Vale

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